
Quick service e full service são os dois principais tipos de serviço e atendimento em restaurantes, e conhecer as diferenças entre eles é importante para você estruturar um modelo coerente com a proposta do seu negócio, criando a melhor experiência para o seu cliente.
Enquanto o formato “quick” prioriza rapidez, praticidade e autoatendimento, o “full” valoriza um serviço completo, com mais etapas e atenção personalizada. Tudo será explicado em detalhes, neste artigo!
Atente-se à escolha: o tipo de serviço e atendimento adotado interfere diretamente na rotina da equipe e na organização de recursos. Desde a quantidade de funcionários até o tipo de tecnologia utilizada, cada tipo de serviço exige uma estrutura específica.
E existem, ainda, outras possibilidades a considerar.
Cada serviço apresenta dinâmicas próprias, que variam de acordo com o perfil do público, a localização do estabelecimento, o ticket médio e até o tempo desejado para cada refeição.
Separe papel e caneta para anotar o que considerar pertinente. Spoiler: aqui tem muita informação!
Quick service: o que é?
O quick service ou QSR é o modelo de atendimento voltado para velocidade e eficiência, no qual o cliente faz o pedido rapidamente, normalmente em balcões e preferencialmente através de um totem de autoatendimento ou pelo celular, e recebe a refeição em pouco tempo.
Não há garçom atendendo à mesa e a interação com a equipe é reduzida apenas ao necessário.
Esse formato é comum em lanchonetes, redes de fast food, hamburguerias e restaurantes de alto giro, que recebem clientes com pouca disponibilidade de tempo.
- Operação enxuta
- Alto volume de pedidos
- Cardápio inteligente
- Conveniência
- Preço acessível
- Agilidade
- Pagamento facilitado
- Equipe com funções bem definidas
Costumam adotar o quick service restaurantes que atuam em regiões com grande circulação de pessoas, como centros comerciais, áreas corporativas e estudantis, rodoviárias, bairros universitários e regiões com alta busca por delivery e retirada.
Note: enquanto o quick service pede receitas padronizadas, de fácil montagem e margem bem calculada, o full service permite mais liberdade criativa, com pratos autorais e apresentações elaboradas.
Quick service | Full service |
---|---|
Atendimento no balcão, por totem com cardápio digital, QR Code ou celular; consumo rápido; ambiente funcional e dinâmico; alta rotatividade de clientes | Atendimento humano ou, preferencialmente, por tecnologias somadas à atividade dos garçons; mínimo 40 minutos de consumo por mesa; ambiente confortável e convidativo |
Full service: o que é?
O full service (serviço completo) é um modelo de atendimento oposto ao quick, em que o cliente recebe um serviço completo, com garçons dedicados, atendimento personalizado e cuidados que vão desde a recepção até o fechamento da conta.
O tempo para fazer o pedido e consumir a refeição costuma ser maior, permitindo que o cliente aproveite com calma o ambiente e o menu.
E a experiência no salão é parte central dessa proposta, mas nada anula a importância de modernizar a operação com um cardápio digital no tablet, por exemplo.
No geral, dentro desse formato se encaixam diferentes tipos de serviço de mesa, mas isso é assunto para outro artigo aqui do blog!
Ele é indicado a restaurantes que buscam oferecer uma experiência mais elaborada, servir pratos que demandam preparo mais cuidadoso e disponibilizar maior variedade de alimentos e bebidas, além de harmonizações.
Os garçons atuam de forma estratégica, o ambiente tende a ser mais estruturado, com mesas organizadas para acomodar grupos e toda a equipe é treinada para acompanhar o ritmo e as necessidades dos clientes.
O modelo “full” funciona bem em regiões com fluxo mais estável, como bairros residenciais, áreas turísticas ou locais com apelo gastronômico.
Fast casual, self-service, takeaway ou híbrido: outras opções a considerar
Caso você esteja em dúvida, pondere, além do quick e do full services, os serviços fast casual, em que o cliente costuma fazer o pedido no balcão ou em totens, mas consome a refeição no local, em ambiente confortável; self-service, que segue uma lógica de buffet, em que o cliente se serve sozinho, com pagamento por peso ou valor fixo ou takeaway (retirada).
Por fim, o modelo híbrido combina dois ou mais formatos, como atendimento à mesa com retirada no balcão para pedidos específicos.
Como escolher o modelo de atendimento ideal para um restaurante?
Tendo explorado um pouco mais sobre cada alternativa, caso você esteja num momento de decisão, considere: qual a experiência gastronômica que a sua marca deseja entregar e quais são as visões e os valores do negócio (e como impactam na operação).
Não existe melhor ou pior: o segredo da escolha do tipo de atendimento e serviço ideal está no alinhamento da proposta com o público-alvo do restaurante, a estrutura da casa e os objetivos a curto, médio e longo prazo.
Que tal uma lista de perguntas a serem respondidas para você tomar uma decisão calculada?
- Qual é a essência do seu restaurante?
- Você quer que a marca seja referência em agilidade ou experiência completa?
- Seus clientes têm pressa ou buscam momentos de lazer e celebração?
- Como é a rotina de quem passa pelo seu ponto comercial e o que acontece nos arredores?
- Há equipe e espaço suficientes para um atendimento dedicado às mesas?
- O cardápio traz pratos mais simples e de preparo rápidos ou opções mais elaboradas?
- Você pretende trabalhar com harmonizações complexas?
- Qual é a sua capacidade de investimento em pessoal, equipamentos, tecnologia, gestão de estoque etc.?
Mesmo que, apesar das informações deste artigo, lhe falte segurança, escolha o modelo e comece a operar. Você vai perceber a necessidade de ajustes rapidinho, só não pode demorar para aplicá-los – mesmo que eles signifiquem uma mudança total nos processos adotados inicialmente.
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