10 dicas para montar o melhor cardápio de lanchonete

Veja uma dezena de dicas para montar um cardápio de lanchonete que beneficie a sua gestão, a sua equipe, o seu bolso e o seu cliente.

Por Redação Goomer 03 de Setembro de 2025 - Atualizado em 03 de Setembro de 2025 9 min. de leitura
Mulher sorridente na rua, vestida casualmente, demonstrando felicidade e autoestima, com cenário urbano ao fundo, perfeito para ilustrar autoestima e bem-estar.

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Ao montar um cardápio de lanchonete, pense: “como deixar a escolha dos meus clientes mais simples e fazê-los querer mais, em quantidade ou variedade?”. Organize os itens de um jeito fácil de entender, ofereça opções para todos os gostos e idades e use e abuse da ciência conhecida como “engenharia de cardápio”.

Separe os produtos por categorias, apresentando-os, dentro de cada uma delas, numa sequência que faça sentido para a navegação por parte do cliente e que, ao mesmo tempo, lhe permita destacar aqueles com melhor CMV.

Além disso, certifique-se de que o seu cardápio seja fácil de atualizar, ajude na redução das filas e melhore a experiência de consumo como um todo. Este artigo traz essas e outras dicas explicadas: vem aprender como montar cardápio de lanchonete sem quebrar a cabeça!

1. Entenda o que a galera quer comer

Conheça quem é o consumidor de lanchonetes do seu bairro e saiba os hábitos, os horários de preferência e os desejos dessas pessoas. Faça uma pesquisa de mercado aprofundada!

Se já tiver um cardápio em uso e quiser “reformá-lo”, responda, pelo menos:

  • Existem clientes frequentes? O que eles sempre pedem?
  • Quando a lanchonete mais enche? Esse pico muda no decorrer do ano?
  • O que sai com mais frequência? Por quê?
  • Quais itens quase não têm procura? Vale a pena mantê-los?
  • Quanto (R$) cada cliente costuma gastar?

Isso vai lhe ajudar a planejar sua produção, reduzir desperdício e criar combinações que realmente vendem, assim como ofertas atraentes para os consumidores que já têm propensão a voltar.

2. Escolha o que servir

Considerando que o público gosta de consumir, o que a cozinha consegue produzir com qualidade e a capacidade de armazenamento do estoque da lanchonete, comece fazendo uma espécie de catálogo dos produtos à venda.

Escolha aqueles cujo preparo é rápido, que têm boa margem de lucro e que usam ingredientes em comum: tudo para reduzir custos e agilizar a produção.

Veja ideias:

  • Hambúrgueres com o mesmo pão e a mesma carne, mas acompanhamentos variados
  • Sanduíches frios ou quentes que podem ser montados/personalizados pelo cliente
  • Salgados assados e fritos tradicionais de lanchonetes
  • Porções de petiscos individuais e para compartilhar
  • Bebidas com e sem álcool
  • Sobremesas rápidas, mas que fujam da ideia de “compradas no supermercado”

Aproveite para experimentar oferecer aos clientes alguns combos especiais que somem duas ou mais opções dentre essas ou outras à sua escolha.

3. Crie combos

Experimente oferecer:

  • Sanduíche + bebida + acompanhamento
  • A troca de um refrigerante por um milkshake + R$ 3,90
  • Duplas diferentes de produtos a cada refeição, tipo pão na chapa e cafézinho só até 11:00
  • Produtos mais baratos combinados com produtos de fornecedores locais ou orgânicos ou artesanais

Os combos são uma oportunidade de aumentar o lucro e facilitar a escolha do cliente, principalmente quando o cardápio todo é planejado para vender mais. Além de incentivar a venda de alguns itens, eles tornam a experiência mais prática e atrativa.

4. Escolha os títulos e escreva as descrições

Para nomear os produtos de uma lanchonete, o truque de mestre é escolher nomes fáceis de lembrar e que despertem interesse. Um bom título faz o cliente identificar o que está no cardápio e sentir vontade de experimentar, sem precisar decifrar termos complicados ou confusos.

E, quando chegar o momento de fazer as descrições...

  • Explique claramente o que é cada produto
  • Use palavras simples, mas descritivas
  • Indique opções de personalização
  • Sinalize possíveis alergênicos
  • Fale de restrições alimentares
  • Apresente o modo de preparo
  • Mencione diferenciais
  • Mexa com os cinco sentidos
  • Destaque ingredientes frescos ou especiais
  • Indique combinações ou sugestões de consumo
  • Mostre tamanho ou porção de forma clara
  • Transmita a experiência que o cliente terá ao provar

Seu texto pode ser direto e, ao mesmo tempo, conter detalhes que vão evitar enganos e frustrações quando o pedido chegar ao freguês. P.S.: revise ortografia e gramática de todo o conteúdo antes de seguir em frente.

5. Defina a estrutura do menu

Então, estruture o cardápio da lanchonete de forma a eliminar qualquer confusão por parte do cliente na hora de pedir.

Você precisa de um menu com os produtos apresentados na ordem certa, inseridos nas categorias adequadas, com a precificação devidamente registrada e as descrições aparecendo bem pertinho dos títulos.

Dicas:

  • Destaque salgados, sanduíches e/ou hambúrgueres
  • Crie uma categoria só para os combos
  • Apresente, individualmente, o “prato do dia”, se tiver
  • Separe as porções num setor só delas e aponte quais são para compartilhar
  • Coloque pratos feitos, se for vender, depois das entradas e dos petiscos
  • Evite um menu muito longo, cheio de produtos
  • Coloque, no máximo, 7 opções em cada categoria
  • Vendas pelo menos um item vegano/vegetariano por sessão
  • Sinalize os mais pedidos, as sugestões do chef, as novidades e os itens que atendem dietas restritivas

Depois que terminar a leitura deste artigo, explore um pouco mais o conceito de preço-isca para entender como distribuir os produtos em seus respectivos espaços no menu.

6. Organize visualmente o cardápio

Evite “grudar” todos os produtos num espacinho minúsculo, uma categoria na outra (dando a sensação de que elas estão associadas quando, na verdade, não têm nada a ver), e até as letras das palavras do cardápio.

Pense em divisão!

Coloque-se no lugar do cliente: como você gostaria que seu olhar fosse guiado para você escolher sem dúvidas e com fome? O segredo é guiar o olhar do cliente, mostrando de cara os pratos mais pedidos ou as novidades, sem deixar ele perdido.

Se precisar, busque referências e inspirações: não tenha vergonha de usar layouts de cardápios de outras lanchonetes – brasileiras e gringas – como referências.

Você vai encontrar ideias mais simples, como a da imagem adiante, tanto quanto ideias mais complexas. Aí, vai precisar encontrar o equilíbrio para o seu negócio.

Cardápio de lanche com opções de porções, sandubas e salgados, destacando preços e variedade de alimentos para refeições rápidas e saborosas.

7. Faça fotos irresistíveis

Uma foto bem feita consegue transmitir o sabor e a suculência do lanche antes mesmo de o cliente experimentá-lo, por isso, a recomendação é que você faça cliques dos seus próprios produtos, preocupando-se com cor, texturas e detalhes.

  • Use fundos neutros e iluminação natural
  • Capture movimentos, como o molho escorrendo,o queijo derretendo etc.
  • Mostre o produto em um contexto de lanchonete/refeição
  • Varie os ângulos para destacar diferentes características

8. Selecione o layout, mas tenha cuidado ao escolher a opção impressa

Finalmente, chegada a hora de colocar tudo “no papel”, se você pensa em ter cardápios impressos, tenha atenção para garantir que eles durem mais, não rasguem fácil, não fiquem sujos ou manchados e, muito menos, ilegíveis.

  • Prefira materiais resistentes
  • Evite fontes pequenas demais
  • Use somente cores fáceis de ler, que contrastem com o fundo
  • Opte por um tamanho fácil de manusear

Fique sabendo: o visual do cardápio conta muito, mas sua usabilidade e legibilidade contam o dobro!

9. Se quiser digitalizar, fuja do PDF!

Escolheu substituir o cardápio físico por um mais moderno? Só não se engane sobre os arquivos em PDF.

Eles podem até parecer práticos, mas são uma dor de cabeça, afinal, também não oferecem a facilidade de edição, precisam ser “recompartilhados” sempre que há uma atualização e muitos, inclusive, são difíceis de enxergar e pesados demais para um download rápido.

Um cardápio digital editável será a melhor opção para a sua lanchonete, funcionando como uma ferramenta de trabalho dos garçons e uma plataforma que centraliza toda a organização dos pedidos.

Através dessa solução, você consegue atualizar preços e disponibilidade de itens em tempo real, sem pausas na operação; avaliar os resultados das vendas para pensar em novas e melhores estratégias de marketing; destacar ofertas, novidades e indicações da casa e muito mais!

E pára de gastar um monte de dinheiro com impressões, arcando com o desperdício de insumos dos pratos que voltam à cozinha porque não atendem o desejo do consumidor ou contratando freelancers.

10. Faça atualizações sempre que necessário

Por último, independentemente do tipo de cardápio que você escolher, atualize-o periodicamente para vender mais.

Faça ajustes até adaptá-lo de verdade ao público-alvo, para atender demandas sazonais, para acompanhar tendências, para mostrar preocupação com algum feedback frequente dos clientes e assim por diante.

Sim, num menu digital todas essas alterações acontecem de um jeito mais fácil, mesmo – talvez você esteja refletindo sobre isso após ler o tópico anterior! –, e as vantagens de um cardápio bem planejado acabam aparecendo imediatamente.

Mas, mesmo se a mudança começa gradualmente, ou seja, primeiro com atualização e só depois com modernização, ela já está valendo.

Nada impede que você siga as dicas deste artigo na ordem em que elas aparecem, chegando à automação só daqui alguns tempo: apenas certifique-se de não deixar passar a oportunidade de evidenciar o profissionalismo da sua marca, melhorar a jornada de compra do seu cliente e aumentar o seu ticket médio!

Conte conosco.

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