Programa de fidelidade deve ser feito assim em restaurantes

Confira como montar um programa de fidelidade rentável e irresistível para seu restaurante. Aprenda mecânicas, regras e métricas para medir resultados.

Por Redação Goomer 27 de Novembro de 2025 - Atualizado em 02 de Dezembro de 2025 9 min. de leitura
Programa de fidelidade deve ser feito assim em restaurantes

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Já pensou em transformar cada visita de um cliente ao seu restaurante em um “empurrãozinho” para ele voltar outras vezes? Um programa de fidelidade tem essa proposta: você escolhe o formato e os benefícios, registra o consumo e atrai a galera para participar, aumentando a recorrência e o ticket médio.

O que dá “pontos”? Como o resgate desses pontos acontecem? Quais recompensas você pode oferecer sem pesar no caixa e, ao mesmo tempo, sabendo que vai agradar? Todas essas perguntas precisam de respostas para a criação de um bom programa de fidelidade!

Mas não se aflija: este artigo vai te ajudar no processo do início ao fim.

Como funciona e por que ter programa de fidelidade para restaurante?

Um programa de fidelidade no foodservice serve para o estabelecimento registrar e acompanhar o consumo de cada cliente, enquanto o consumidor ganha toda vez que retorna/faz um novo pedido.

Ele pode acontecer por pontos acumulados, em forma de recompensas por recorrência, com a venda de combos especiais, a partir de eventos temáticos etc. Mas o formato é sempre o mesmo:

  • O cliente compra no restaurante
  • Dentro das regras, ele acumula pontos
  • Então, faz o resgate da recompensa

Enquanto isso, o estabelecimento organiza os dados de vendas, acompanha o comportamento desse consumidor e usa o programa como parte da construção de um relacionamento.

Simples assim!

Enquanto um lado percebe ganho imediato em algo que já faria (saborear uma refeição), o outro transforma essa oportunidade num a ação de marketing e, consequentemente, em lucro. Se tudo correr bem.

Como implementar programa de fidelidade? Passo 1: definindo a mecânica

De que maneira você vai transformar o hábito de pedir comida (seja no salão ou no delivery) em um motivo para o cliente voltar? Já sabe? Considere os fatores adiante.

  • Frequência de consumo: veja quantas vezes o cliente volta em um período e use isso para criar recompensas que incentivem visitas regulares, como oferecer um benefício a cada cinco pedidos no mês
  • Ticket médio: veja quanto o cliente costuma gastar por pedido e defina recompensas proporcionais. Se o ticket médio geralmente é de R$ 50, um desconto ou item grátis para compras acima desse valor pode funcionar bem
  • Diversidade de pedidos: pense nos produtos que o cliente costuma escolher e o incentive a experimentar coisas diferentes. Dica: num programa de pontos (falaremos dele!) dê pontuação extra para quem pedir algo novo
  • Canal de compra: o cliente pede mais no salão, no balcão ou no delivery? Adapte a mecânica do benefício para cada caso!
  • Sazonalidade: ajuste as regras de acordo com o movimento, a época do ano, as datas comemorativas etc.

Passo 2: escolhendo o tipo de programa de fidelidade que você vai fazer

Não existem algumas, mas várias opções! Spoiler: as melhores estão centralizadas em automações comerciais, como cardápios digitais que já integram programas próprios. Mas fique à vontade para escolher entre todas as da lista a seguir.

Cartão fidelidade para restaurante

Simples, o cartão fidelidade é nada mais é do que o famoso “ganhe um selo ou carimbo a cada pedido”. Pode ser usado no salão ou no delivery, ser físico ou digital, e a dica é personalizar o seu para que o consumidor sempre se lembre da marca.

O cliente vê o progresso a cada pedido, e o restaurante consegue acompanhar o engajamento, mas nem sempre os dados ficam registrados, então, pondere prós e contras.

Programa de pontos por pedido

Como o nome diz, nessa alternativa, cada compra do cliente gera pontos que podem ser acumulados e trocados por vantagens.

É uma mecânica que também funciona tanto no salão quanto no delivery, desde que, quanto maior o acúmulo de pontuação, melhor o benefício – daí, maior a motivação para gastar mais e com mais frequência!

Cashback

“Gastou, ganho R$ de volta”: essa é a lógica do cashback, que não deixa de valer como um programa de fidelidade, afinal, ter crédito para usar num pedido futuro faz muita gente voltar a um restaurante.

Para os negócios, o cashback, inclusive, pode ser uma estratégia de fidelização que não depende de descontos, então, pondere-o.

Obs.: adotar o formato não anula outras possibilidades, viu?

App de fidelidade

Excelente pedida, principalmente quando integrado a um cardápio digital no delivery, o programa de fidelidade automatizado torna fácil e rápido o registro e uso de pontos e, ao mesmo tempo, dá “munição” ao restaurante para decidir sobre promoções, mudanças no cardápio etc.

O cliente vê o progresso de qualquer lugar, recebe notificações de oportunidades e recompensas, e o restaurante tem um gerenciamento dos próprios pontos, bem como de informações importantes para marketing e vendas, na palma da mão!

Grupos VIPs

Apesar de não ser necessariamente um tipo de programa, a criação de grupos VIPs pode entrar nesta lista, afinal, pessoas seletas recebendo ofertas especiais leva igualmente à fidelização!

A ideia nesses grupos é “vender” pacotes ou anunciar promoções que incentivem a volta e aumentem o ticket médio sem atrapalhar a operação da casa.

Apenas certifique-se de fazer a divulgação do jeito certo, nos canais certos de comunicação.

Você pode:

  • Antecipar lançamentos
  • Oferecer descontos
  • Dar brindes exclusivos
  • Disponibilizar reservas antecipadas
  • E assim por diante!

Clubes de fidelidade

Mais uma alternativa que não anula e tampouco é anulada por outras já catalogadas, os clubes de fidelidade nada mais são do que programas normais, mas com níveis: o cliente precisa percorrer um caminho, subir uma escada, para chegar ao topo premium de beneficiado.

Quanto mais consumo e/ou frequência, mais perto do nível “ouro” um consumidor está, então, a experiência vira algo progressivo e voltar sempre vai valendo muito a pena!

As mesmas dicas de ações deixadas no tópico anterior valem para este também.

“Indique e ganhe”

Por último, não poderíamos deixar de relembrar o já famoso “indique e ganhe”, programa no qual, sempre que o cliente indica o restaurante a alguém – e essa pessoa vai consumir –, ambos são recompensados.

Tá precisando de divulgação no bairro, mas não quer gastar muito ou percebeu que a galera por aí é fã do “offline”? Experimente! Só cuidado pra iniciativa não pesar demais no caixa:

  • Defina um limite mensal de recompensas por CPF
  • Ofereça brindes de baixo custo de produção
  • Estabeleça regras claras para validação da indicação
  • Teste primeiro por 30 dias e revise o custo por recompensa antes de ampliar

E já que estamos tratando de cuidados…

Passo 3: não esqueça das regras!

Faça questão de mostrar, com transparência e sem espaço para duplas interpretações:

  • Como o cliente acumula e resgata vantagens
  • O que gera pontos vs. o que não gera
  • Como cada ponto se transforma em recompensa
  • Qual o prazo de uso da pontuação/do cashback
  • Quais os limites mínimo e máximo para resgates
  • Se as promoções são cumulativas ou não
  • Se outra pessoa pode usar o ponto em nome do titular
  • Se é permitida transferência de pontos
  • Etc.

Talvez, no momento de escrever as regras do seu programa de recompensa, valha até usar a Inteligência Artificial como aliada, registrando um prompt mais ou menos assim:

“Crie regras claras e objetivas para o meu programa de fidelidade de restaurante. Considere: como acumular pontos, como resgatar, validade dos benefícios, regras de uso, limites, proibições, cumulatividade e uso por terceiros. Entregue o texto em linguagem simples e amigável, pronto para eu usar no cardápio digital e nas redes sociais.”

E, depois, já aproveita pra pedir ajuda com ideias de como divulgar essas regras sem que elas passem despercebidas ou soem grosseiras!

“Me ajude a comunicar as regras do meu programa de fidelidade de forma clara, gentil e convidativa. Quero textos curtos para: cardápio digital, cartaz de balcão, redes sociais e WhatsApp. O objetivo é informar sem parecer rígido, mantendo tom leve e acolhedor.”

Aí, treine a equipe para estar devidamente alinhada com tudo isso, comece a publicar nas redes sociais e comentar sobre a proposta, mude a capa do seu Cardápio Digital e convide o consumidor a entrar no jogo com um belo “Participe!” no título e sempre tenha um telefone ou WhatsApp à disposição para esclarecimento de dúvidas.

Finalmente, meça resultados.

Último passo: analise resultados – São 7 as métricas para saber se sua ideia funcionou

Vá cruzando informações e fazendo ajustes até o significado* da palavra “fiel” ganhar um real sentido para o seu negócio!

Métrica

Indicativo

Por que importa

1. Taxa de participação Quantos clientes decidiram entrar no programa Mostra se a ideia chamou atenção e se a divulgação está funcionando
2. Frequência de compra Quantas vezes os clientes  do programa voltam a comprar Ajuda a entender se o programa realmente incentiva novas visitas
3. Ticket médio Quanto, em média, os clientes gastam por pedido Indica se aumenta o valor das vendas por cliente
4. Taxa de resgate Quantas recompensas são usadas de fato Mostra se as vantagens fazem sentido e se despertam interesse
5. Retenção de clientes Quantos clientes continuam ativos ao longo do tempo Diz se o programa mantém o cliente por perto e engajado
6. Custo por recompensa Quanto o restaurante investe em cada benefício ofertado Ajuda a entender se o programa cabe no bolso e é saudável
7. Impacto nas vendas Como o faturamento muda depois da implementação do programa Aponta se o retorno esperado está vindo (ou não)

*“Fiel”, no dicionário: que dá mostras de lealdade, que não contraria a confiança depositada.

Seu cliente age assim?

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