13 dicas para reduzir conta de luz em restaurantes

Veja agora dicas de como reduzir a conta de luz de um restaurante sem cometer gafes como as que você vê no Pesadelo na Cozinha.

Por Redação Goomer 10 de Novembro de 2024 - Atualizado em 10 de Novembro de 2024 9 min. de leitura
13 dicas para reduzir conta de luz em restaurantes

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Aproveitar a luz natural, substituir lâmpadas convencionais por lâmpadas LED e monitorar o consumo bem de pertinho são algumas das medidas que vão reduzir a conta de luz de um restaurante.

Especificamente a substituição das lâmpadas ainda terá impacto na diminuição de custos ligados à manutenção do espaço. Isso porque as de LED duram cerca de 25 mil horas! Bom demais, né?

Este artigo foi escrito para ajudar você a evitar problemas no bolso e, ao mesmo tempo, não prejudicar o desempenho do seu estabelecimento e traz várias outras dicas como essas aqui de cima.

Veja agora quais providências tomar no dia a dia, no que investir e vários outros detalhes!

Quanto é a conta de luz de um restaurante?

O valor da conta de luz de um restaurante depende dos equipamentos utilizados nele, de seus horários de funcionamento, de sua localização, do ambiente e do tipo de iluminação utilizado, mas gira entre R$ 400 e R$ 4.000 por mês, podendo variar para mais ou para menos a depender da época do ano e do contexto da economia do país.

Estabelecimentos pequenos consomem de 500 a 1.500 kWh* todos os meses, pagando pelo menos R$ 400 de luz atualmente, enquanto estabelecimentos maiores podem gastar 5.000 kWh ou até mais e arcar com uma conta na casa dos milhares.

Para você saber: *kWh é a abreviação de quilowatt-hora, medida usada para cálculo da energia elétrica ao redor do mundo

Segundo a Agência Brasil, o preço para cada 100 kWh consumido em território nacional foi reajustado, no mês de outubro de 2024, para R$ 7,87. Então, se 1 kWh equivaler a aproximadamente R$ 0,80, o total final dos gastos de um restaurante ficará como apresentado no quadro.

Valor aproximado da conta de luz de um restaurante
Tamanho do estabelecimento Consumo (kWh/mês Preço (R$)
Pequeno 500 a 1.500 kWh R$ 400 a R$ 1.200
Médio 1.500 a 5.000 kWh R$ 1.200 a R$ 4 mil
Grande 5.000 kWh ou mais R$ 4 mil ou mais
 

Mas dá para economizar!

Como economizar energia em um restaurante? 13 dicas super úteis

Não só pela redução dos gastos, mas também em prol da longevidade do seu restaurante e da preservação do meio-ambiente, você pode e deve aplicar algumas táticas para reduzir custos com energia elétrica, como o melhor aproveitamento da luz natural e a implementação de sensores de movimento em pontos estratégicos.

Confira, anote e execute as 15 dicas realmente econômicas que vêm nos próximos tópicos.

1. Compre equipamentos linha A e/ou com Selo Procel

O Selo Procel, ou seja, a certificação criada e atribuída pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica a aparelhos eletrônicos, é um indicativo de menos consumo de energia durante o uso desses aparelhos sem que eles percam eficiência.

Especialmente em cozinhas de restaurantes, ter equipamentos com o Selo Procel pode ajudar muito na redução da cona de luz.

Além disso, o ideal na hora de fazer compras de eletrônicos de todos os tamanhos é investir na chamada “linha A” de classificação do Inmetro.

2. Faça manutenção preventiva dos aparelhos

Outra forma de evitar gastos desnecessários de energia elétrica e, consequentemente, de dinheiro, é manter os equipamentos tanto da cozinha quanto do salão em bom estado. A falta de manutenção não só traz problemas e dores de cabeça, como representa um desperdício substancial de luz.

Vale para geladeiras, freezers e sistemas de ar-condicionado, por exemplo!

Especificamente em relação às geladeiras e aos freezers ou às câmaras frias, procure verificar se as portas estão vedadas corretamente e fecham por completo. Limpe os condensadores para garantir eficiência.

3. Use lâmpadas LED

Não dá para negar que a iluminação representa uma parte significativa do consumo energético em restaurantes, mas dá para substituir lâmpadas convencionais, geralmente incandescentes, por lâmpadas LED.

O comparativo adiante evidencia a importância dessa substituição.

Fatores considerados Lâmpada incandescente (60W) Lâmpada LED (9W)
Iluminação - Ilumina a mesma área da lâmpada incandescente, mas consumindo apenas 15% do total de energia que ela consumiria
Preço médio (2024) R$ 10 R$ 10
Vida útil Máximo 2 mil horas 20 a 50 mil horas

4. Aproveite a luz natural

Aproveite, sempre que possível, a luz natural que entra no seu estabelecimento.

Caso faça sentido por aí, reforme a área para ter janelas mais amplas, pinte as paredes com cores claras e substitua os móveis para, ao mesmo tempo, economizar energia elétrica e transmitir deixando uma sensação mais acolhedora aos clientes.

Você ainda pode usar cortinas que ajudem no controle da temperatura no interior do espaço, para diminuir a necessidade de acionar o ar-condicionado o tempo todo.

5. Organize melhor a cozinha

Dentro da cozinha, pense bem sobre a organização dos móveis e eletrodomésticos não só para facilitar a circulação dos funcionários e evitar acidentes como para maximizar a eficiência energética. Implemente algumas regras de comportamento dos cozinheiros também.

Dicas e mais dicas!

  • Mantenha equipamentos refrigerados longe de fontes de calor
  • Garanta boa circulação de ar entre os equipamentos para melhorar o desempenho deles
  • Oriente a equipe a cozinhar em lotes, planejando com atenção o uso de fornos e outros
  • Leia o rótulo dos insumos, armazenando-os dentro da capacidade indicada pelo fabricante e não mais gelados do que o necessário
  • Crie um cronograma de limpeza de câmaras frias, congeladores e similares

Até as ações mais simples fazem toda a diferença.

6. Conscientize o time

Mais do que apenas orientar os cozinheiros e a galera da cozinha, crie campanhas de conscientização dos funcionários como um todo, implemente normas que valem para todo mundo e aplique treinamentos à equipe sobre economia de energia especificamente no ambiente de um restaurante.

A verdade é que você não conseguirá economizar de forma eficiente sem a ajuda de seus funcionários, então, ensine práticas sustentáveis através de workshops, de um guia prático ilustrado, de palestras de figuras interessantes do universo do foodservice etc.

Você pode até direcionar as “lições” para cada colaborador de acordo com a função que eles têm ou os equipamentos que utilizam no dia a dia.

7. Desligue equipamentos não utilizados

Nada de “desligar o freezer a notchê” como aconteceu num episódio do famoso reality show “Master Chef”, viu? Ao aplicar essa dica, aplique-a somente em equipamentos e eletrônicos que realmente não estão sendo utilizados. Sejam aqueles mantidos ligados por força do hábito ou pela comodidade.

Computadores, ventiladores, o ar-condicionado de um espaço que não tem ninguém e até a máquina de secar as mãos nos banheiros entram na lista.

Aliás, e por falar de um dos maiores vilões do foodservice…

8. Ligue o ar-condicionado só quando necessário

Se usados mais ou menos durante 5 horas diárias, aparelhos de ar-condicionado de potência intermediária instalados em estabelecimentos comerciais, consomem entre 300 e 400 kWh por mês, portanto, só eles podem representar cerca de R$ 320 a mais na conta todo mês. Isso quando o restaurante não fica aberto por mais tempo!

Para economizar, substitua-os por ventiladores sempre que possível – os de teto são um bom investimento, além de serem ótimos para a decoração.

Se não tiver jeito, apele para o ar, mas mantenha as portas e janelas fechadas para maximizar sua eficiência. Limpe os filtros a cada 30 dias.

9. Instale sensores de movimento

Ainda na onda de desligar o que não está em uso, mais uma tática para economia é instalar sensores de movimento – aqueles que identificam a presença de pessoas em determinado local e acendem as luzes instantaneamente –, nos espaços do restaurante que não têm frequência constante.

Olha os banheiros aqui de novo! Vestiários de funcionários e áreas de estoque são outros exemplos.

10. Não sobrecarregue as tomadas

Conectar numa mesma tomada ou extensão mais eletrônicos do que ela foi feita para “aguentar” é colocar mais carga nos fios, aquecendo-os mais e fazendo com que o seu restaurante gaste energia elétrica desperdiçada em forma de calor.

Sem contar que é um ótimo pretexto para um curto-circuito, certo?

11. Sempre monitore o consumo

Cabe a você, gestor(a), manter um registro detalhado e pelo menos mensal do consumo de luz e analisar as contas periodicamente para identificar padrões ou picos inesperados, entendendo melhor como o seu restaurante está usando (ou gastando) energia elétrica.

Se possível, faça comparações de valores e kWh em períodos semelhantes de meses ou anos diferentes, pois, dessa forma, você consegue ajustar processos e comportamentos específicos.

12. Revise a rede elétrica

Se nada tiver funcionado para a redução dos custos ou as alterações na conta de luz tiverem sido muito pequenas, pode ser que o imóvel do restaurante tenha uma fiação elétrica precisando de troca.

Contrate um especialista ou auditor para uma revisão!

13. Pesquise sobre migrar para energia solar

Empresas reconhecidas ao redor do país podem ajudar você a usufruir da energia solar nas operações do restaurante, tornando-o ainda mais sustentável e dando a ele um novo destaque frente à concorrência.

Pesquise sobre essa possibilidade, avalie o custo-benefício e entenda quais alterações no espaço físico do estabelecimento precisariam acontecer para tudo dar certo. Estude também o que caberá a você, no futuro, em termos de manutenção.

Mesmo que ainda não seja a hora de dar um passo maior como esse, o conhecimento será bem-vindo!

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