Defina a taxa de entrega do seu delivery sem prejudicar sua margem de lucro e sem assustar os clientes, analisando os custos fixos e variáveis do estabelecimento, considerando qual o meio de transporte utilizado para os pedidos e ponderando, acima de tudo, distância percorrida pelo entregador para chegar no destino.
Outros fatores também podem interferir no seu valor, como o trajeto, o tempo de envio e até o tipo de prato transportado, já que uma entrega de sorvetes e bolos, por exemplo, pode ser mais complicada e, por isso, mais cara.
Não tem mágica para acertar: vai ser preciso entender suas necessidades e possibilidades, bem como as do seu público-alvo, para chegar numa cobrança justa. Saiba mais a seguir!
Antes de tudo, o que é a taxa de entrega?
As taxas de entrega existem em restaurantes delivery, e são instituídas para que o estabelecimento consiga cobrir os custos operacionais de levar a comida até os seus clientes.
Sua definição é feita de acordo com a forma que o negócio opera, e depende do raio de distância atendido e de cada centavo gasto na produção e no envio das encomendas a cada consumidor.
Ela precisa ser calculada de forma justa e correta para a marca se manter competitiva.
Uma boa alternativa, se viável para o seu negócio, é que a taxa de entrega seja incluída no custo geral do produto, somada aos gastos com compra dos ingredientes e outros, em vez de cobrada à parte. Fica mais fácil para o freguês concordar em pagá-la dessa forma.
E como cobrar taxa de entrega?
O primeiro ponto a considerar é como o delivery vai realizar o envio dos pedidos: contando com motoristas e veículos próprios, com frota e equipe terceirizadas ou com marketplaces e aplicativos de comida.
O tipo de veículo destinado ao transporte das encomendas, a área atendida e a distância percorrida do restaurante até cada destino, assim como a complexidade da rota e custos operacionais, também devem ser levados em conta!
O que considerar na hora de estabelecer a taxa de entrega?
E a preocupação acerca do cálculo da taxa de entrega nunca acaba, já que é necessário revisitar o tema e reavaliar despesas variáveis, principalmente as com combustível e manutenções dos veículos, para manter o valor sempre de acordo com as necessidades dos clientes e o caixa do estabelecimento.
Confira mais detalhes e tire suas próprias conclusões!
Envio próprio, terceirizado ou por aplicativo
O que pode funcionar bem para um negócio, pode levar o outro ao prejuízo, por isso, faça testes antes de bater o martelo e pondere aspectos como os apresentados na tabela adiante para chegar à melhor conclusão.
O que considerar para escolher tipo de entrega do seu delivery | ||
Entrega própria | Entrega terceirizada | Entrega por aplicativo |
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Para a primeira ou a segunda alternativas, uma dica extra é contar com um cardápio digital de delivery para agilizar tanto seu atendimento quanto seu recebimento pelos pedidos. Agora, se você decidir não seguir com essas opções, apenas perceba a partir de que ponto você passa a terceirizar tudo, até seu poder de decisão, e tome cuidado.
Carro, moto ou bicicleta
O meio de transporte escolhido para levar os pedidos até os clientes também impacta no preço final pago pelo serviço.
Opções de meios de transporte para delivery | ||
Carro | Moto | Bicicleta |
Se você mesmo(a) vai fazer as entregas e tem um carro, pode utilizá-lo, o que será ótimo em dias de chuva, mas entenda que essa é a forma de transporte que mais gasta combustível, fica presa no trânsito e exige manutenção. | As motos são mais ágeis, baratas, gastam menos combustível e possuem uma manutenção mais em conta, então, de modo geral, têm bastante adesão. Por outro lado, contam com menos espaço para armazenar os pedidos e tornam o trabalho do entregador mais difícil em dias de chuva. | A sustentabilidade da bicicleta se destaca, e o veículo pode ser alternativa desde que fique garantida a segurança do entregador. Às vezes, só quem faz delivery dentro do próprio bairro – e pode contar com boas ciclovias! – consegue utilizar esse transporte. |
Faça o que é certo e não o que é mais prático ou barato: para um delivery de doces, transportar um bolo de chocolate em uma moto que faz zigue-zague por toda a cidade não parece boa ideia!
Área atendida e distância percorrida
Todo delivery deve definir a área atendida pensando em comportar todas as entregas sem prejudicar o faturamento e deixar os clientes mal-humorados, mesmo assim, a depender da distância percorrida dentro dessa área e das condições das ruas e avenidas, por exemplo, nem sempre uma taxa de entrega fixa vai ser justa para os dois lados.
O ideal é usar a quilometragem percorrida do ponto A ao ponto B para calcular sua cobrança e, ao mesmo tempo, verificar se cabe considerar até semáforos, obstáculos, buracos etc. no valor final.
Muitas vezes, vale a pena diferenciar a taxa de entrega por bairro também ou, pelo menos, definir um valor mínimo para entregas em regiões mais distantes ou complicadas.
É preciso pensar assim: quanto maior a complexidade, a distância percorrida e/ou o tempo da entrega, mais caro o serviço pode ficar.
Complexidade do trajeto
Tráfego intenso, vias em condições complicadas, ruas de chão batido ou paralelepípedos e até mesmo fatores externos, como a chuva, podem interferir na precificação da entrega. Não deixe de levar tudo isso em consideração!
Custos operacionais
Por último, mas não menos importante, considere também todos os gastos fixos e variáveis tidos pelo seu estabelecimento do começo, pensando nas matérias-primas para as receitas compradas até o momento que a encomenda estiver nas mãos de quem fez o pedido – principalmente se você decidir contar com motoristas próprios!
Para calcular a taxa de entrega nesses casos, vale somar todos os custos e dividi-los pelo número de pedidos entregues por todos os motoboys, ciclistas ou motoristas dentro de um período específico, só que sem deixar de levar em consideração outros aspectos trazidos até aqui neste artigo.
Prefere fazer a conta de acordo com a quilometragem?
Como calcular taxa de entrega por km: fórmula e explicação
Estipule uma taxa base (mínima) para começar, considerando pontos-chave dentre os gastos com os envios, encontrando seu custo por km rodado e também considerando combustível e manutenção. Além disso, mapeie a distância total percorrida pelo entregador até cada destino.
Multiplique o custo por km pela distância e some o resultado ao valor da taxa base.
Se você tem uma taxa base igual a R$ 6, um custo por quilometragem de R$ 2, e seu entregador precisa percorrer uma distância de 10 km para entregar o pedido nas mãos do cliente, sua entrega ficará em R$ 26.
Taxa de entrega por km =R$ 6 + R$ 20
Taxa de entrega por km = R$ 26
E dá para considerar tarifas adicionais, acrescentando-as à fórmula, por exemplo, em regiões de difícil acesso, assim como dá para aumentar a taxa base a depender do bairro ou, ainda, somar custos extras ao valor final.
O que não dá é ficar no prejuízo ou cobrar mais do que o justo e acabar prejudicando a reputação da sua marca! Adapte as dicas e contas deste artigo à sua realidade e coloque seu delivery para rodar.
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