No começo da década de 80 os doutores Michael L. Kasavana e Donald J. Smith, da Escola de Negócios do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, lançaram uma revolucionária metodologia de análise de menus conhecida como Menu engineering — Engenharia de menu, na tradução para o português. Nela, os Phds ensinavam pequenos truques sobre como melhorar a disposição dos pratos no cardápio, para alavancar o lucro dos restaurantes e lanchonetes.
Hoje, mais de 30 anos depois, o sistema desenvolvido por Kasavana e Smith continua funcionando muito bem e deixando vários empresários ricos mundo afora por causa de seus conselhos. E são alguns destes conselhos que nós vamos dividir por aqui com vocês. Confira:
Limite o número de pratos por seção
Coloque entre 4 a 12 pratos por seção em seu menu — alguns estudiosos hoje acreditam que esta diferença deveria ser até menor, como de 4 a 7 no máximo. Muitas opções podem dificultar a escolha do cliente e, quando isso acontece, o normal é que ele opte pelo prato mais convencional da casa (que nem sempre é o mais lucrativo).
Otimize a disposição dos pratos no cardápio
Na pesquisa publicada pelos doutores, eles categorizam os pratos de um cardápio em 4 tipos: Cashcows (aqueles com menor popularidade e preços mais elevados), Stars (mais populares e ao mesmo tempo bastante rentáveis), Dogs (os com baixa saída e baixa rentabilidade) e Workhorses (muito populares, porém, com baixa lucratividade).
A dica aqui é encontrar quais são estes produtos do seu cardápio e destacar os Stars (aproveitando para testar até onde pode ir com o preço cobrado por eles), retirar os Dogs de circulação, realocar os Workhorses para o lugar dos Dogs e, caso os Cashcows sejam muito trabalhosos para produzir, interromper a produção deles, se for o contrário, reposicioná-los para algum lugar de destaque no menu.
Nunca organize o menu por preço
Não deixe que o foco do consumidor seja o preço. Inclusive, deixe os números sem os cifrões, visto que algumas pesquisas indicam que remover os sinais da frente dos valores faz com que os clientes gastem um pouco mais. Além disso, evite colocar os valores na coluna da direita, pois esse é o local onde eles mais chamam a atenção do cliente. Desta forma, a melhor disposição dos pratos no cardápio pode se tornar mais efetiva.
Preocupe-se com a apresentação do cardápio
A expectativa em relação à qualidade da comida é definida pela qualidade de um menu. Diante disso, nunca use papéis de baixa qualidade e sempre tome muito cuidado com o tamanho das folhas de impressão (o melhor é usar um tipo de papel entre o A3 e o A5, para não entregar algo muito grande ou muito pequeno para ser lido). É importante usar fontes legíveis e layouts mais limpos, que não tenham um milhão de distrações (como desenhos e sinais) para o cliente.
Seguindo estas dicas de disposição dos pratos no cardápio e apresentação dos menus, ficará muito mais fácil conseguir lucro em seu restaurante ou qualquer empreendimento que envolva o prazer de comer. E não se esqueça: estas dicas funcionam tanto para cardápios impressos quanto para cardápios eletrônicos, que, inclusive, podem ser uma ótima pedida para o seu comércio.
Agora é colocar as dicas em prática e aguardar o retorno dos clientes! Você também tem alguma dica interessante para compartilhar? Ou ficou com alguma dúvida? Escreva para nós através dos comentários!
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